domingo, 2 de setembro de 2007

Palestra "Panorama da Educação Superior"





Domingo 02/09 às 20h - auditório

Ronaldo Mota – SESU/MEC

Algumas idéias apresentadas pelo Secretário do Ensino Superior:

É preciso é compreender a Educação em todos os seus níveis pela perspectiva da complexidade.

Os desafios da estabilidade das instituições democráticas no Brasil, da moeda, e da responsabilidade fiscal, são problemas que se não resolvidos, já estão bem encaminhados, foram conquistas das décadas de 80 e 90. O elemento que não nos deixa confortáveis é o débito educacional do Brasil, um dos países onde há maior desigualdade social.

Lembra que crianças provenientes de famílias ricas aos 7 anos já estão alfabetizadas, enquanto aquelas de classes menos favorecidas, nessa idade apenas iniciam sua freqüência à escola, algo que as coloca em desvantagem desde o início de sua formação. Pré-escola, creche e educação infantil seriam, então, essenciais para a igualdade de oportunidades. Mas não basta a criança ir ã escola, é preciso ter condições.

A questão mais crítica, segundo Ronaldo Mota é a do ensino médio, onde cabe oferecer oportunidade para formação científica, com uso de laboratórios, e raramente o fazemos nas escolas. Falar de ensino profissional para o nível médio é formar pessoas com vivência em laboratórios e capazes de enfrentar novos desafios.

Quanto à educação superior, é preciso pensá-la integrada às demais, e é vergonhoso o nível de acesso dos jovens ao ensino superior. Ainda há horizontes acadêmicos que defendem que não aumentemos o acesso ao ensino superior.

Cabe ao poder público avaliar e regular. Instituições bem avaliadas devem ter mais autonomia, enquanto aquelas mal avaliadas precisam ser cobradas e ter cronogramas de melhoria, seja qual nível for, sob pena de terem reduzidas sua autonomia, receber menos alunos ou mesmo serem fechadas em último caso.

Segundo o Secretário, os resultados do ENADE mostram que os bolsistas PRÓUNI não são iguais aos colegas, são melhores nas 14 áreas avaliadas, e em 9 delas são muito melhores, mostrando potencial superior aos colegas. Então até o momento teríamos desperdiçado talentos. Existem muito poucos países com desigualdade social maior que o Brasil e os que o fazem não tem a riqueza material do Brasil, por isso somos o mais injusto. O corte no acesso ao países superior que ocorre no Brasil é economico, e não tem a ver com a competência e criatividade.

As boas universidades estão nos grandes centros urbanos, como se isso fosse bom para o modelo de desenvolvimento do país. Cabe à educação dar noção de território e enfrentar desigualdades regionais.

Nesta década a educação flexível será a palavra chave. As escolas precisam ser capazes de enfrentar novos desafios.

2 comentários:

Anônimo disse...

É bastante significativo que tenhamos um Secretario de Ensino Superior que passou quase 3 anos conduzindo a EaD no MEC. Mota é um dirigente público com uma visão mais ampla que a maioria dos gestores, públicos e privados.

Ficamos aqui na torcida para que sua gestão na SES seja tão ou ainda mais fecunda que a sua à frente da SEED.

Regis disse...

Sim Wilson, o Ronaldo Mota foi condecorado após sua palestra com uma placa e um presente oferecidos pela ABED. Litto, bem humorado, fez votos que ele completasse uma bela gestão na SESU, e depois voltasse a trabalhar com EAD.