domingo, 2 de setembro de 2007

Mini-curso Mundos virtuais



Participei do mini-curso “ criação de um Espaço de Convivência Digital Virtual para a Aprendizagem, utilizando mundos virtuais em 3D”, realizado pela professora Eliane Schlemmer e um grupo de pesquisa da Unisinos (RS). O mini-curso apresentou possibilidades do uso do Active Worlds e Second Life na educação. A parte prática do Second Life foi prejudicada em virtude de problemas técnicos. Não conseguimos entrar na Ilha Unisinos para agir e interagir e precisamos nos contentar com a exposição e a apresentação das possibilidades através de data show. Em todo caso, valeu pela introdução ao assunto.

Apesar das diferentes possibilidades apresentadas, tive dificuldade de me convencer do custo-benefício do uso destes espaços na EaD. Um ambiente virtual de aprendizagem gratuito, como o Moodle, também oferece espaços de ação e interatividade. Naturalmente escrevo isto como imigrante digital e como alguém que está bem acostumado às representações textuais. Para imigrantes digitais, o Second Life é uma possibilidade de simulação do real. Para os nativos digitais, a convivência digital virtual é uma ou a própria realidade. Também algumas áreas do saber estão mais acostumadas com a linguagem gráfica e icônica. Então, apesar do meu sotaque de imigrante, me parece que é um campo que merece atenção.

2 comentários:

Anônimo disse...

Emilio

Tenho a impressão de que os verdadeiros nativos digitais ainda estão para nascer: serão os filhos dos adolescentes de hoje. Os adolescentes de hoje ainda convivem muito com uma cultura pré-internet, através de seus pais e do que o mundo adulto ainda proporciona para eles através da escola, da igreja e de outras instituições. Porém seus filhos já conviverão, em casa, com quem já fez uma passagem para a cultura informatizada. Enfim, os nativos digitais ainda estão por vir, não são nem os jovens de hoje, que tiveram uma infância sem Internet, e nem os adolescentes de hoje, que já nasceram com a internet, mas convivem muito com uma cultura pre-internet.

Outro aspecto que me chama a atenção são os tais "problemas técnicos" para acessar o SL. Isto confirma o enunciado de Zane Berge e Mauri Collins quando, em defesa do minimalismo tecnológico, indicavam que quanto mais sofisticada uma tecnologia mais sujeita a problemas e dificuldades ela está. É preciso avaliar se os alegados ganhos com ambientes como o SL compensam este custo em termos de dificuldades maiores para os usuários -- e as dificuldades enfrentadas no local do congresso hoje, um espaço que oferece das melhores condições de conectividade para eventos em Curitiba, evidenciam que isto não algo assim tão incomum.

Marcelo R. Minholi disse...

Há muito barulho em torno do Second Life, sendo que o conceito de interagir com outras pessoas usando "Avatars" é bastante antigo, remetendo por exemplo ao "The Palace" que era (ainda existe?!) um sistema de chat que procurava fazer o mesmo a vários anos atrás usando imagens 2D.

Sintetizar interfaces do mundo real em softwares interativos é algo que já foi tentado diversas vezes e são raros os casos onde se obteve sucesso, sendo a maioria desses encontrados nos jogos eletrônicos.

E por falar em jogos, o World of Warcraft é um excelente exemplo de sucesso do conceito de mundos virtuais aplicados.